Bem-vindo ao Blog da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde - Núcleo SP

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde trabalha na perspectiva da construção de políticas públicas para a saúde integral sda sociedade brasileira, considerando as epecificidades do povo de terreiro. Sua missão é a luta pelo direito humano à saúde com ênfase nas questões de gênero e raça.

Aqui você encontrará informações sobre as demandas e a atuação das comunidades tradicionais de terreiro no universo da saúde pública. Questões como saúde da população negra, saúde da mulher, humanização, atenção, prevenção e assistência, entre outras, são disponibilizadas aqui por especialistas e lideranças políticas de todo o Estado de São Paulo.

O reconhecimento das comunidades tradicionais de terreiro como núcleos de promoção de saúde e, a releitura de temas como liberdade religiosa, laicidade, o impacto do racismo na saúde, partipação popular, controle social e a necessidade de maior cooperação entre o Estado e as Religiões Afro-Brasileiras são alguns dos pontos que nos mobilizam na busca pela garantia do direito humano a saúde. A Rede é composta dos Sacerdotes, Sacerdotisas e iniciados de diferentes tradições de matrizes africanas em todo o país. Para falar com a Rede, envie e-mail para saudenoterreiro@yahoo.com.br

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sábado, 13 de setembro de 2008

PIRACICABA 2008: Dia Mundial de Saúde

Notícias da Câmara 09/04/2008- Eduardo Gomes divulga Rede Nacional de Religiões Brasileira Afro

O Babalorixá Eduardo Gomes de Oxumaré, coordenador do Núcleo Piracicaba, da Rede e presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco), acompanhado de outros Babalorixá e Iyalorixas e filhos, na condição de coordenador do núcleo Piracicaba, da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária da última segunda-feira (7) para destacar o Dia Mundial da Saúde (7 de abril), bem como discorrer sobre o 4.o Seminário Estadual da Rede de Religiões Afro-Brasileiras de Saúde, que ocorrerá em Piracicaba, na Faculdade de Odontologia (FOP), nos dias 29 e 30 de Novembro e 1.! o de dezembro de 2008.
No seminário, dentre os temas a serem discutidos, Eduardo Gomes ressalta a Constituição Federal Brasileira, que assegura um Estado laico. A consideração é que esta condição deva de fato sair do papel para se tornar realidade nos dias atuais.
No primeiro seminário da Rede Brasileira de Religiões Afro, unidade local, realizado em Piracicaba no começo deste ano, Ile Omi Axe Afojidan, e a Comunidade do Caboclo Lua Branca (entidade coordenada por Eduardo Gomes), discutiram a relação dos terreiros com o sistema oficial de saúde e troca de experiências e a intolerância religiosa.
"Tudo começa pela visão de mundo dos terreiros", observou Celso Ricardo Monteiro, Pai Celso, do Grupo de Valorização de Trabalho em Rede (GVTR), e coordenador do Núcleo São Paulo da Rede, em matéria divulgada na imprensa local.
Para ele, a proposta oficial de saúde é "racista e preconceituosa" e, por isso afasta os ad! eptos das religiões afro, que vão buscar esteio junto aos pais e mães de santo.
Pai Celso deu como exemplo de uma pessoa internada no hospital que não pode usar suas vestimentas e oferendas no quarto. "Como podem desrespeitar essas que são práticas dos terreiros e que dão força às pessoas?".
Por isso, uma das propostas da rede é propor a unificação de linguagem, sem negar valores. "Não podemos esquecer que a energia vital vem de dentro para fora e não de fora para dentro", principio que está, para os adeptos dos terreiros, representado por elementos simbólicos renegados pela oficialidade e em conflito com a noção de higiene da medicina. "Essas rejeições são históricas".
"Nesse sentido, temos que encontrar nos terreiros, na linguagem interna dos terreiros, as possibilidades de relacionamento com o outro sem violarmos nossas crenças, nossos ritos", observa Pai Celso.
Em sua opinião, é preciso quebrar o preconceito sem confronto, mas com a educação. "Um das falas comuns, que faz parte de nossa orientação, é: ' fale com ! os orixás, mas não deixe de tomar remédio'".
Na ocasião, Moisés Taglietta, representante da Secretaria Municipal de Saúde, coordenador do programa DST/AIDS, garantiu que a Prefeitura de Piracicaba é parceira da rede desde 2003.
"Foi a primeira parceria no interior do Estado e que ainda se encontra ativa". Em sua opinião, o público dos terreiros precisa ser tratado com muita atenção, "porque eles têm prática de saúde com seus adeptos e precisamos unir isso por intermédio de seus líderes espirituais. Ou seja, precisamos entender o universo deles para respeitar e fazer valer também para este segmento social um dos princípios do SUS, que é da equidade", disse.
Eduardo Gomes informa que as pessoas interessadas podem entrar em contato com a entidade em Piracicaba ao enviar e-mail para o endereço eletrônico: arrobaboi@bol. com.br, ou no telefone: 8174-2401.

FONTE: Câmara Municipal de Vereadores de Piracicaba

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