Bem-vindo ao Blog da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde - Núcleo SP

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde trabalha na perspectiva da construção de políticas públicas para a saúde integral sda sociedade brasileira, considerando as epecificidades do povo de terreiro. Sua missão é a luta pelo direito humano à saúde com ênfase nas questões de gênero e raça.

Aqui você encontrará informações sobre as demandas e a atuação das comunidades tradicionais de terreiro no universo da saúde pública. Questões como saúde da população negra, saúde da mulher, humanização, atenção, prevenção e assistência, entre outras, são disponibilizadas aqui por especialistas e lideranças políticas de todo o Estado de São Paulo.

O reconhecimento das comunidades tradicionais de terreiro como núcleos de promoção de saúde e, a releitura de temas como liberdade religiosa, laicidade, o impacto do racismo na saúde, partipação popular, controle social e a necessidade de maior cooperação entre o Estado e as Religiões Afro-Brasileiras são alguns dos pontos que nos mobilizam na busca pela garantia do direito humano a saúde. A Rede é composta dos Sacerdotes, Sacerdotisas e iniciados de diferentes tradições de matrizes africanas em todo o país. Para falar com a Rede, envie e-mail para saudenoterreiro@yahoo.com.br

Confira as notícias da Rede em todo país em:

http://www.religrafosaude.blogspot.com







quinta-feira, 19 de março de 2009

A Rede balança em Campinas

Olá a todos e kolofé!

Estou passando por aqui prá informar a respeito do que vem acontecendo por aqui. Na sexta-feira dia 13/03/2009 aconteceu uma reunião na CEPIR (Coordenadoria Especial da gualdade Racial)na qual estavam presentes Benê Paulino (Cepir), Cesar(Coordenadoria Municipal da Juventude), Pai Moacir de Xango (Presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra), Ekedji Magali e Iyá Cidinha D'Oxum. A reunião aconteceu no sentido de buscar parcerias,ou seja, unir forças e podermos realizar o Encontro de Núcleos em Campinas.
Devo dizer que foi um sucesso e que estamos mais do que nunca trabalhando todos juntos,unidos pelo mesmo ideal, com Mãe Dango e Mãe Kauzele sempre nos dando força.
Nesta terça-feira, dia 18, mais uma vez fomos em busca de apoio, dessa vez em uma reunião na CUT (Central Única dos Trabalhadores). Ekedji Magali e eu, juntamente com dois representantes do Sindicato (Tavares e Clarice),conversamos bastante a respeito do Encontro e da Rede. Mais uma vez conseguimos apoio e um convite prá formarmos um grupo, juntamente com o grupo contra o racismo que já existe lá e assim desenvolvermos um trabalho conjunto.
Na sexta-feira dia 20/03/2009,tenho uma reunião com representantes do Programa Municipal DST/AIDS para discutirmos uma maneira de trabalharmos juntos na Lavagem das Escadarias, nós com a TENDA DA SAÚDE NO TERREIRO e o SUS com a Barraca Itinerante. A princípio vamos trabalhar juntos fazendo a divulgação do trabalho da Rede na prevenção das DST/AIDS e o SUS também, fazendo divulgação dos trabalhos deles, na mesma área,fazendo assim um casamento da Rede com o SUS local.

E assim caminha a humanidade!

É isso aí gente,vamos continuar unidas.

Beijokinhas D'Oxum.
Iyá Cidinha D'Oxum - Núcleo Campinas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Profissionais de Saúde, gestores e religiosos recebem certificados do Projeto Xirê no Ile Axé Omode

Assistência religiosa nos âmbiente hospitalar

No dia 10 de março de 2009 o GT Religiões e Aids do CRT – Programa Estadual de DST/Aids, fez seu primeiro dialogo sobre a criação de um espaço inter religioso, onde o Psicólogo Dreyf do Programa Estadual em DST/Aids (Núcleo de Desenvolvimento do CRT), trás a proposta para o grupo, com base do que já se tem no Hospital Emilio Ribas, foi bem recebida a proposta.
As lideranças religiosas ficaram de se aprofundar nestas questões e levar suas considerações religiosas em um outro encontro, foi aberto o espaço dentro do CRT para estas novas lideranças religiosas, pois este departamento esta sobre cuidados atualmente de uma Associação Cristã”

informações: Iyalorixá Maria Cristina de Oxum
e-mail: gvtr_secretaria@terra.com.br

terça-feira, 17 de março de 2009

Projeto Aprender Saúde dá início a sua Fase II na Região do ABC

Santo André apóia projeto que discute saúde da população negra

(Santo Andre, São Paulo, Brasil - Comunique-se) A Secretaria de Saúde de Santo André apóia, na próxima semana, a oficina de formação para controle social em saúde da população negra, promovida pela Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra – Comitê Executivo Estado de SP e a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Estado de São Paulo e Centro de Estudos em Saúde Coletiva (CESCO/FMABC). Na oportunidade, a assessora Cristiane M. de Angelis representará o secretário de Saúde de Santo André, Leonardo Carlos de Oliveira. O evento acontece nos próximos 13 e 14 de março, no auditório da Faculdade de Medicina do ABC (av. Príncipe de Gales, 821, Santo André), no prédio do CEPES.

No dia 13, às 18hs, a abertura da oficina acolhe o lançamento da publicação “As demandas de saúde do movimento social negro do ABC Paulista e a prevenção das DST/Aids”, que divulga a pesquisa conduzida pelo CESCO junto ao movimento negro do ABC e financiada pela Coordenação Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde. Já a oficina no dia 14 é direcionada a representantes do movimento negro, sarcedotes e sarcedotisas de santo, gestores e conselheiros das sete cidades da região onde serão discutidos o diagnóstico situacional da saúde da população negra nos municípios, diretrizes de saúde pública para humanização e promoção da saúde com equidade e construção de uma agenda coletiva, com a elaboração de um plano de ações municipal e regional.

Além de Santo André, Piracicaba e Santos também receberão essa oficina de formação da Rede Nacional de Controle Social e Saúde da população negra, em outras datas. Há o progressivo aumento de espaço da discussão sobre a especificidade da saúde da população negra brasileira, conquistado pela histórica defesa dos seus direitos e essa visibilidade está presente no Plano Nacional da Saúde (2004/2007) e na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que reconhece que as formas de discriminação que o racismo produz está presente, também, na oferta dos serviços de saúde em todos os seus níveis.

O controle social, mecanismo do Sistema Único de Saúde de participação na definição das políticas de saúde, faz parte de manutenção destas conquistas e, por isso, entre as tarefas que assumiu a Rede de Controle Social e Saúde da População Negra, está disseminar a formação de lideranças para assumirem, cada vez mais, as funções de avaliadores de resultados na saúde.

A atividade de abertura contará ainda com a participação de representantes das Secretarias de Saúde da Região, da Faculdade de Medicina do ABC, da Rede de Controle Social e Saúde da População Negra e do Centro de Estudos em Saúde Coletiva. Apóiam o evento CESCO, Rede de Religiões de Afro-Brasileira, Unicastelo, Sindicato dos Radialistas e a Prefeitura Municipal de Santo André.

Serviço: oficina de formação para controle social em saúde da população negra
Data: dias 13 e 14/03/2009
Local: auditório da Faculdade de Medicina do ABC (av. Príncipe de Gales, 821, Santo André), no prédio do CEPES.
Informações: rebeccalethei@yahoo.com.br




Pauta postada em: 06/03/2009 12:26

A política, os Terreiros e a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde: refletir para decidir




Bom gente, eu estou um pouco cansada pois a semana foi um pouco puxada mais não dá para eu me omitir nessa discussão.
Creio que, o que a Rede e cada um de nós faz já é política. E essa política deve se pautar no nosso relógio(o das religiões afro-brasileiras) e não no relógio dos demais setores. Talvez o outro relógio que necessitamos estar atentos é o relógio da saúde pública em nossas cidades e o do SUS em nível nacional.
Isso na minha visão, significa que devemos e podemos conversar com setores da saúde representados por qualquer visão ideológica e pontualmente com parlamentares que tenham projetos que nos interesse enquanto comunidade, ou mesmo parlamentares que a nós, interesse apresentar algum projeto de lei. Porém, acredito que a filiação partidária é extremamente pessoal e ideológica(o que nos conduziria para a esquerda, direita ou centro) caso contrário, poderia nos colocar numa disputa desnecessária uma vez que nosso objetivo é religioso e de saúde.
Concordo que alguns setores tem representação expressiva no legislativo e tem se utilizado de forma escusa desses espaços. Porém, é necessário analisar se históricamente o campo de nossa religião é este, se é ou não, porque? Se como religião ou religiosos nos interessa de fato estar nesses espaços e se nos interessar, como queremos estar, somos iguais? O que nos diferencia?
Com a experiência que a rede e alguns de seus membros adquiriram nesses anos e a entrada de novos atores para somar, a perspectiva da Rede avançar e ampliar no Estado de SP é muito grande e penso que seria prudente de nossa parte continuar pautando nossa discussão na religião e na saúde e pensar conjuntamente, em estratégias e ações para a Rede atingir os seus objetivos.

Magali Mendes
PLP-Campinas- SP
Contatos:

A Rede balança na cidade de Bragança

Bragança Paulista realizará o seu 3º Seminário de Prevençao:Direitos Humanos e Controle Social, em Maio.
o seminário faz parte de uma pacote de atividades onde está incluída a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.É fundamental que todos acompanhem a discussão!

Dia 23/04 Acontecerá a 1º feira de Saúde no Ilê Asê nagõ Xangô Airá. Já está confirmada a participaçao da Universidade Sao francisco (Medicina e Fisioterapia), a Faculdade de Ensino Superior de Bragança Paulista (Nutriçao), Escola de Ensino Técnico (Enfermagem) e o Apoio do Programa DST/AIDS da Secretaria Muniicpal de Saúde.

Já no dia dia 27/03 o Núcleo Bragança apresentará no Conselho Municipal de Saúde o Projeto da Rede para o Povo de Santo que já esta sendo efetuado na cidade.

Aconteceu nos dias 04 e 05 de Março a capacitaçao dos Agentes Comunitários de Saúde para que possam realizar abordagens mais humanas e igualitarias, considerando a diversaidade religiosa.

Para maiores informações: Pai Zézinho de Oxossi - Telefone: 7186-1625

segunda-feira, 2 de março de 2009

Confira abaixo as propostas do IV Seminário Paulsta


01. Constituir espaços coletivos permanentes para trocas e conexões de saberes e, informações com o SUS;

02. Formação de um conselho para orientação sobre convívio religioso e sobre saúde (levar para a Jornada de 2009 a discussão da formação do conselho com propostas para o Seminário Nacional da Rede de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde-Natal em 2009).

03.Sensibilizar e qualificar as lideranças de religiões afro-brasileiras no tocante às legislações do SUS;

04. Que a SES SP, garanta a efetiva participação das comunidades de Terreiro nos espaços de construção de políticas públicas, buscando ampliar os canais de comunicação para o combate ao preconceito e a discriminação;

05. A Rede e seus parceiros, entre elas o governo, deve estimular e fomentar, junto a academia, a produção de pesquisa local sobre o acesso da população negra ao SUS, e como este é afetado pelo preconceito e a discriminação.

06. Educar, nas comunidades de Terreiro, os mais velhos sobre o uso da camisinha e outros métodos de proteção contra DST/AIDS, já que os índices destas doenças vêm crescendo dentro da população de terceira idade;

07. A Rede deve exigir a implantação da Lei 10.639 (sua substituta), que trata do ensino de historia da África africanos nas escolas, e monitorar a implementação dos conteúdos, tendo em vista a valorização da identidade. (Embora esta lei tenha sido assinada há bastante tempo, nos parece que é mais uma das leis que não está sendo executada, nem nas escolas públicas, nem nas particulares.)

08. A oralidade e o caráter sagrado da fala para as religiões afro-descendentes têm que ser uma preocupação constante dos Terreiros. (Exemplos: o povo de axé deve evitar falar que está doente, mal, se espraguejar, etc. A palavra, para nós, é o que movimenta o mundo; para movimentá-lo ao nosso favor, devemos sempre falar de um jeito positivo; o axé da fala é permanente). E em função disto propõe-se oficinas de capacitação onde estas questões sejam pautadas.

09. As comunidades tradiconais de Terreiro devem ter a maior representatividade política possível em todos os níveis (a representividade inclui a busca constante do respeito e da cidadania);

10. O poder público deve conhecer a realidade local (fazer diagnóstico detalhado) para alterar a situação colocada nos diferentes lugares;

11. Que o Estado fortaleça e amplie as parcerias com a sociedade civil;


12. Maior integração entre as três esferas de governo com o setor privado;

13. O Estado deve promover o fortalecimento do controle social no que tange as questões de racismo;

14. Que a SES amplie as ações do SUS nas comunidades de Terreiro;

15. O Estado e os movimentos sociais devem rever e ampliar o debate á cerca das categorias de classificação de cor/raça usadas pelo IBGE;

16. A SES/SP deve estabelecer diálogo entre os SUS e as religiões, particularmente as de matriz africana, para além do programa de AIDS.

17. Realizar pelo menos duas rodas de conversa, em cada núcleo da Rede Núcleo do Estado de São Paulo, nos Terreiros, para as pessoas trocarem informações sobre o uso medicinal de ervas; Que cada roda de conversa produza documentos listando as ervas, seus princípios ativos, e finalidades, contando a orientação de profissional da área de etnobotânica.

Rede recomenda leitura: Portal das Áfricas

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