A abertura do III Encontro de Núcleos da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde foi marcada pelo debate sobre conceito de rede e organização da comunidade de Terreiro para a eficácia do SUS. O Babalorixá Celso Ricardo Monteiro de Oxaguián, do GVTR – Grupo de Valorização do Trabalho em Rede discutiu com os membros da Rede a importância da atuação coletiva rumo ao cumprimento das regras e normas que norteiam o sistema. O artigo de Francisco Whitaker que acompanha o vídeo “Conversando com Chico Whitaker – Sobre Redes” das Edições Paulinas foi quem norteou o debate entre os religiosos. Construir e manter uma rede implica diferenciar-se do sistema piramidial de sua estrutura hierárquica vertical, que segundo o autor, está literalmente ligado à vaidade e o gosto pelo poder centralizado. Para a eficiência de uma rede na forma como está estruturada a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde é fundamental que seja incentivada a autonomia, importância e a possibilidade de contribuição de cada um dos atores envolvidos neste processo. A idéia de que a rede tem dono, segundo Pai Celso dá ao grupo uma conotação diferenciada do que se deseja neste sentido e fundamental que as pessoas e instituições participem de todo o processo de delineamento, realização e avaliação das ações. Para o palestrante, a experiência da Rede, referência no país demonstra que os cenários locais são diferenciados e que toda atuação que busca a mudança de determinadas realidades deve sim leva em consideração as questões do “eu” mas deve priorizar o desejo do coletivo pois as questões “quem somos e o que queremos” é quem dará o tom da atividade do grupo.
Os presentes lembraram que o debate sobre a diferença entre organizações não governamentais e as redes sociais, foi o que alterou a dinâmica de trabalho da Rede de Religiões no Estado, o que garantiu também a ampliação do grupo e a qualificação do trabalho.
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