quinta-feira, 30 de julho de 2009
ARTIGO: As Religiões Afro-brasileiras Promovendo Cidadania
Cultura
As Religiões Afro-brasileiras mantiveram-se ao longo dos anos como foco de resistência cultural, formando uma estrutura que marca de forma significativa a cultura brasileira.
Os templos de Religiões Afro-brasileiras constituem-se, há séculos, em espaços de inclusão para os grupos historicamente excluídos, de acolhimento e de aconselhamento.
É nesses espaços, denominados roças ou Comunidades Tradicionais de Terreiro, onde também se desenvolvem ações de promoção da saúde e cidadania, através de informações e troca de saberes, preservando a tradição religiosa.
Crenças e Mitologias
Baseando-se nas mitologias que norteiam a Cultura tradicional das Religiões Afro-brasileiras, encontramos inúmeras lendas de divindades – Orixás que demonstram naturalmente sua relação com a sexualidade, inclusive através de relacionamentos homossexuais, a orientação sexual é uma vivência natural neste panteão.
As Religiões Afro-brasileiras, por intermédio da sua visão de mundo integradora encontram entre os religiosos a tranqüilidade de demonstrar suas orientações sexuais, tais como os fazem seus orixás, num entendimento de pertencimento e aceitação nos espaços religiosos e na sociedade.
Formação
Se por um lado temos o reconhecimento da diversidade das religiões de Matrizes Africanas no Brasil, temos também a formação individual de seu adepto com valores pessoais e de formação de vida, que nem sempre se integram às culturas tradicionais da religião.
Novos Tempos
Hoje percebemos um novo olhar nestes espaços, onde o religioso se preocupa com o bem estar do indivíduo no âmbito bio-Psico-social, além do espiritual.
No bojo destas discussões, entendendo o compromisso de construção, em 2003 no Seminário de Religiões Afro-brasileiras no Maranhão, foi criada a Rede Nacional de Religiões Afro-brasileira e Saúde.
Novas Lutas
A Rede com vários núcleos pelo Brasil, tem como objetivo:
- lutar pelo direito humano à saúde; valorizar e potencializar o saber dos terreiros em relação à saúde;
-monitorar e intervir nas políticas públicas de saúde exercendo controle social;
- combater o racismo, a homofobia e todas as outras formas de intolerância;
-legitimar as lideranças dos terreiros como detentores de saberes e poderes para exigir das autoridades locais um atendimento de qualidade, em que a cultura de terreiro seja reconhecida e respeitada; -Estabelecer um canal de comunicação entre adeptos das tradição.
Novas experiências
Seguindo estas Propostas, a COVOYÁ (Casa de Culto a Orixá Ventos de Oyá) desenvolve ações sociais periódicas em sua comunidade prestando Assistência Social, jurídica e de saúde, divulgando a religião de forma Temática, apresentando os orixás associando aos diversos segmentos da sociedade. Por exemplo:
Festa de êre = Ação Social voltada ás crianças e famílias;
Festa das Yabás = Ação Social em atenção à mulher. E assim por diante.
Educando e Promovendo com isto a Inclusão Social no Combate a Intolerância Religiosa e todo tipo de preconceito.
Novos Caminhos
Contudo, acreditamos que se os espaços, as organizações, as Redes, os movimentos que se interligam com as Religiões Afro-brasileiras, estarão favorecendo as discussões de combate a todo tipo de Intolerância e homofobia, possivelmente os adeptos em desenvolvimento cultural terão possibilidade de reconceituar seus valores tornando-se reprodutores fieis da cultura e tradição das Religiões Afro-brasileiras.
Novas Propostas
Cabe agora provocar e estimular um trabalho de sensibilização e educação aos adeptos das Religiões Afro-brasileiras na gestão participativa e controle social de políticas públicas de Inclusão Social e combate a todo tipo de Intolerância e homofobia.
Neste sentido, as Religiões Afro-brasileiras estarão caminhando para alcançar uma sociedade igualitária, pois além dos homens que nos acolhem, temos nossos Deuses, que trazem em sua história a maior referência de igualdade e respeito pelas diferenças.
À dupé (obrigada)
Iya Emilia ti Oyá - Maria Emilia Soares Campi
yaemilia@yahoo.com.br
As Religiões Afro-brasileiras mantiveram-se ao longo dos anos como foco de resistência cultural, formando uma estrutura que marca de forma significativa a cultura brasileira.
Os templos de Religiões Afro-brasileiras constituem-se, há séculos, em espaços de inclusão para os grupos historicamente excluídos, de acolhimento e de aconselhamento.
É nesses espaços, denominados roças ou Comunidades Tradicionais de Terreiro, onde também se desenvolvem ações de promoção da saúde e cidadania, através de informações e troca de saberes, preservando a tradição religiosa.
Crenças e Mitologias
Baseando-se nas mitologias que norteiam a Cultura tradicional das Religiões Afro-brasileiras, encontramos inúmeras lendas de divindades – Orixás que demonstram naturalmente sua relação com a sexualidade, inclusive através de relacionamentos homossexuais, a orientação sexual é uma vivência natural neste panteão.
As Religiões Afro-brasileiras, por intermédio da sua visão de mundo integradora encontram entre os religiosos a tranqüilidade de demonstrar suas orientações sexuais, tais como os fazem seus orixás, num entendimento de pertencimento e aceitação nos espaços religiosos e na sociedade.
Formação
Se por um lado temos o reconhecimento da diversidade das religiões de Matrizes Africanas no Brasil, temos também a formação individual de seu adepto com valores pessoais e de formação de vida, que nem sempre se integram às culturas tradicionais da religião.
Novos Tempos
Hoje percebemos um novo olhar nestes espaços, onde o religioso se preocupa com o bem estar do indivíduo no âmbito bio-Psico-social, além do espiritual.
No bojo destas discussões, entendendo o compromisso de construção, em 2003 no Seminário de Religiões Afro-brasileiras no Maranhão, foi criada a Rede Nacional de Religiões Afro-brasileira e Saúde.
Novas Lutas
A Rede com vários núcleos pelo Brasil, tem como objetivo:
- lutar pelo direito humano à saúde; valorizar e potencializar o saber dos terreiros em relação à saúde;
-monitorar e intervir nas políticas públicas de saúde exercendo controle social;
- combater o racismo, a homofobia e todas as outras formas de intolerância;
-legitimar as lideranças dos terreiros como detentores de saberes e poderes para exigir das autoridades locais um atendimento de qualidade, em que a cultura de terreiro seja reconhecida e respeitada; -Estabelecer um canal de comunicação entre adeptos das tradição.
Novas experiências
Seguindo estas Propostas, a COVOYÁ (Casa de Culto a Orixá Ventos de Oyá) desenvolve ações sociais periódicas em sua comunidade prestando Assistência Social, jurídica e de saúde, divulgando a religião de forma Temática, apresentando os orixás associando aos diversos segmentos da sociedade. Por exemplo:
Festa de êre = Ação Social voltada ás crianças e famílias;
Festa das Yabás = Ação Social em atenção à mulher. E assim por diante.
Educando e Promovendo com isto a Inclusão Social no Combate a Intolerância Religiosa e todo tipo de preconceito.
Novos Caminhos
Contudo, acreditamos que se os espaços, as organizações, as Redes, os movimentos que se interligam com as Religiões Afro-brasileiras, estarão favorecendo as discussões de combate a todo tipo de Intolerância e homofobia, possivelmente os adeptos em desenvolvimento cultural terão possibilidade de reconceituar seus valores tornando-se reprodutores fieis da cultura e tradição das Religiões Afro-brasileiras.
Novas Propostas
Cabe agora provocar e estimular um trabalho de sensibilização e educação aos adeptos das Religiões Afro-brasileiras na gestão participativa e controle social de políticas públicas de Inclusão Social e combate a todo tipo de Intolerância e homofobia.
Neste sentido, as Religiões Afro-brasileiras estarão caminhando para alcançar uma sociedade igualitária, pois além dos homens que nos acolhem, temos nossos Deuses, que trazem em sua história a maior referência de igualdade e respeito pelas diferenças.
À dupé (obrigada)
Iya Emilia ti Oyá - Maria Emilia Soares Campi
yaemilia@yahoo.com.br
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