Bem-vindo ao Blog da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde - Núcleo SP

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde trabalha na perspectiva da construção de políticas públicas para a saúde integral sda sociedade brasileira, considerando as epecificidades do povo de terreiro. Sua missão é a luta pelo direito humano à saúde com ênfase nas questões de gênero e raça.

Aqui você encontrará informações sobre as demandas e a atuação das comunidades tradicionais de terreiro no universo da saúde pública. Questões como saúde da população negra, saúde da mulher, humanização, atenção, prevenção e assistência, entre outras, são disponibilizadas aqui por especialistas e lideranças políticas de todo o Estado de São Paulo.

O reconhecimento das comunidades tradicionais de terreiro como núcleos de promoção de saúde e, a releitura de temas como liberdade religiosa, laicidade, o impacto do racismo na saúde, partipação popular, controle social e a necessidade de maior cooperação entre o Estado e as Religiões Afro-Brasileiras são alguns dos pontos que nos mobilizam na busca pela garantia do direito humano a saúde. A Rede é composta dos Sacerdotes, Sacerdotisas e iniciados de diferentes tradições de matrizes africanas em todo o país. Para falar com a Rede, envie e-mail para saudenoterreiro@yahoo.com.br

Confira as notícias da Rede em todo país em:

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segunda-feira, 2 de março de 2009

Confira abaixo as propostas do IV Seminário Paulsta


01. Constituir espaços coletivos permanentes para trocas e conexões de saberes e, informações com o SUS;

02. Formação de um conselho para orientação sobre convívio religioso e sobre saúde (levar para a Jornada de 2009 a discussão da formação do conselho com propostas para o Seminário Nacional da Rede de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde-Natal em 2009).

03.Sensibilizar e qualificar as lideranças de religiões afro-brasileiras no tocante às legislações do SUS;

04. Que a SES SP, garanta a efetiva participação das comunidades de Terreiro nos espaços de construção de políticas públicas, buscando ampliar os canais de comunicação para o combate ao preconceito e a discriminação;

05. A Rede e seus parceiros, entre elas o governo, deve estimular e fomentar, junto a academia, a produção de pesquisa local sobre o acesso da população negra ao SUS, e como este é afetado pelo preconceito e a discriminação.

06. Educar, nas comunidades de Terreiro, os mais velhos sobre o uso da camisinha e outros métodos de proteção contra DST/AIDS, já que os índices destas doenças vêm crescendo dentro da população de terceira idade;

07. A Rede deve exigir a implantação da Lei 10.639 (sua substituta), que trata do ensino de historia da África africanos nas escolas, e monitorar a implementação dos conteúdos, tendo em vista a valorização da identidade. (Embora esta lei tenha sido assinada há bastante tempo, nos parece que é mais uma das leis que não está sendo executada, nem nas escolas públicas, nem nas particulares.)

08. A oralidade e o caráter sagrado da fala para as religiões afro-descendentes têm que ser uma preocupação constante dos Terreiros. (Exemplos: o povo de axé deve evitar falar que está doente, mal, se espraguejar, etc. A palavra, para nós, é o que movimenta o mundo; para movimentá-lo ao nosso favor, devemos sempre falar de um jeito positivo; o axé da fala é permanente). E em função disto propõe-se oficinas de capacitação onde estas questões sejam pautadas.

09. As comunidades tradiconais de Terreiro devem ter a maior representatividade política possível em todos os níveis (a representividade inclui a busca constante do respeito e da cidadania);

10. O poder público deve conhecer a realidade local (fazer diagnóstico detalhado) para alterar a situação colocada nos diferentes lugares;

11. Que o Estado fortaleça e amplie as parcerias com a sociedade civil;


12. Maior integração entre as três esferas de governo com o setor privado;

13. O Estado deve promover o fortalecimento do controle social no que tange as questões de racismo;

14. Que a SES amplie as ações do SUS nas comunidades de Terreiro;

15. O Estado e os movimentos sociais devem rever e ampliar o debate á cerca das categorias de classificação de cor/raça usadas pelo IBGE;

16. A SES/SP deve estabelecer diálogo entre os SUS e as religiões, particularmente as de matriz africana, para além do programa de AIDS.

17. Realizar pelo menos duas rodas de conversa, em cada núcleo da Rede Núcleo do Estado de São Paulo, nos Terreiros, para as pessoas trocarem informações sobre o uso medicinal de ervas; Que cada roda de conversa produza documentos listando as ervas, seus princípios ativos, e finalidades, contando a orientação de profissional da área de etnobotânica.

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